sábado, 2 de junho de 2012


OS MEU HERÓIS MORRERAM SIM DE OVERDOSE!

 Lendo um e-mail enviado a mim, debulhei-me em raiva saiu isto:

Lembro-me como se fosse hoje, ouço num programa de televisão as estréias no cinema e fico totalmente fascinada com o filme a ser lançado “Cazuza- O tempo não para”.Com apenas 12 anos, portanto, sem a idade suficiente para assistir tal filme. Dias a fio  eu passei tentando convencer meu pai a assistir comigo. Enfim ele aceita. Ao final do filme tenho a mesma sensação da qual tive ao vê-lo pela tv.

A partir daquele dia havia escolhido o meu ídolo, Cazuza, ou melhor Agenor de Miranda Araújo Neto. Pesquisei por dias a sua vida, ganhei o livro que Lucinha Araújo, sua mãe, escrevera, e  descobri coisas que não foram ditas no filme. Discorrerei aqui o pouco que sei e aprendi.

Filho único de um casal muito bem estruturado, cercado de mimos, como de costume entre os únicos. Cheio de carisma, boa aparência, inteligente e n outras qualidades.

Infância  já marcada pelo seu talento inenarrável e incontestável para composições, no entanto, somente sua avó materna tinha ainda o privilegio de lê-las

Pré-adolescência, período de experimentação, década de 70 , drogas e movimento hippie em alta, e tudo mais que a história nos conta.

Cazuza, ainda Agenor, percorre por este mundo novo, descobre as drogas, sexo, e tudo que lhe estava ao alcance.

Anos mais tarde funda uma banda de peso para a música brasileira, Barão Vermelho. Vive momentos gloriosos com e sem a banda, visto seu dom para composições.

E em 7 de julho de 1990, aos 32 anos, morre de AIDS.

Hoje sua mãe realiza trabalhos brilhantes com a Sociedade Viva Cazuza, a qual ajuda milhares de crianças que possuem a doença.

Entendam, não quero aqui inocentar meu ídolo -  não toma aqui o sentido literal da palavra - apenas, mostrar-lhes, ele era humano, cometeu falhas, sei disso, pois para mim ídolo, como já disse, não é a perfeição, algo inalcançável.

Usou drogas? Sim. Compactuou indiretamente com o tráfico? Com certeza, sim. É inegável também o apoio incondicional dos pais durante todo esse processo e todos os processos.

Mas o quê fez, e faz, dele meu ídolo não são estes fatos, mas sim, o legado inquestionável deixado à música. Ele não fez sucesso por causa exclusiva do pai, como alguns desinformados dizem por aí,  o fato é ele não podia renegar quem era seu pai naquela circunstância.

Pessoas dizem coisas sem nexos, sem escrúpulo algum espalham na internet, e alguns desprovidos de raciocínio disseminam sem sequer questionar o que é certo ou errado. Falando nisso, alguém sabe dizer o que é certo? E o errado? Tenho certeza que haverá controversas entre o meu certo com o de outro alguém. Existem regras, impostas, que devem ser seguidas, que podem ser mudadas em questão de tempo, transformando o certo em errado ou vice-versa. Mas não  vou aqui me delongar na minha filosofia, pois muitos não entenderão.

O meu intuito aqui é apenas dizer, tenho muito orgulho de ter o Cazuza como meu ídolo ímpar, desde os 12 anos, pois jamais acharei alguém tão competente, sensível, inteligente, e com tamanha capacidade pra compor músicas. Vou além, sou fã também do Agenor, mesmo não tendo o conhecido, o Cara esperto, intenso, amável que por todos foi querido.

Amei e sempre amarei o Cazuza.